quinta-feira, 19 de abril de 2012

COMO ALCANÇAR SUCESSO.



Venho já a algum tempo me perguntando o por que de existir tantos profissionais de beleza famosos, muitos cobertos pela mídia televisiva, escrita, eletrônica, etc., participantes de feiras de beleza, congressos, workshops e outros grandes eventos e neste meio ser tão raro  encontrarmos profissionais  especialistas em cabelos negróides. Peregrinei por sites dos “famosos” e até por aqueles considerados celebridades na área e pouco encontrei  em alusão a clientela de cor negra como base da escalada profissional da maioria.Reeditando algumas informações de um de meus posts anteriores, sobre os cabelos crespos, questionei-me como um País onde 97 milhões de pessoas estão etnicamente classificadas com negras ou pardas e que só na classe A e B  este número já ultrapassa a 5 milhões e que entre 35 e 40% têm cabelos cacheados, 30 a 35% cabelos crespos e cerca de 40% cabelos muito crespos, e ainda, que algo em torno de 70% alteram a forma natural de seus cabelos com um profissional cabeleireiro, não temos grandes profissionais especialistas nesta área em destaque na mídia, realizando congressos workshops, seminários, etc...

Comecei a pesquisar o outro lado da moeda, a clientela, dificilmente vemos em entrevistas, comerciais de televisão, revistas  ou qualquer outra mídia, famosas (os) ou celebridades  filmados ou fotografados enquanto estão com os cabelos sendo processados quimicamente, seja em relaxamentos, alisamentos, ecaracolamentos ou alguma outra forma de transformação onde se utilizem produtos químicos. Vemos muitas das vezes uma ou outra reportagem ou matéria sobre essa ou aquela atriz ou apresentadora de TV negra que mudou a forma das madeixas, mas nunca a vemos realizando o processo, e dificilmente o profissional que realizou o trabalho.

Revendo a história do Brasil desde a época colonial, com os olhos voltados para a questão, enxergamos o preconceito racial que imperou, (e ainda existe de forma velada), em nosso país durante séculos em relação ao negro e entendemos os motivos destes não se apresentarem em ocasião da transformação de seus cabelos. Entendemos também que a falta de “aparecer” diante de seus clientes, (famosos), diante de câmeras diminui a possibilidade de crescimento profissional rápido ao especialista em cabelos negróides.

Como resultado deste comportamento temos um desestímulo aos profissionais, principalmente os recém formados  em especializar-se nesta área, a maioria busca o sucesso pelo caminho mais fácil e rápido se espelhando naqueles que estão no topo. Além disto, para ser um profissional competente em cabelos ditos étnicos, seria necessário muito mais que “dom”, muitos profissionais de sucesso na mídia, alcançaram tal posição sem nuca ter tido  experiência além da tesoura, aproveitando-se das oportunidades que lhes sugiram. Já um profissional que queira basear sua carreira como expert em transformação  precisa de muito conhecimento em tricologia, química e em técnicas voltadas exclusivamente para cabelos negróides.

Se analisarmos  o crescimento das indústrias e produtos voltados para a os cabelos negróides, vislumbraremos um mercado já enorme, e ainda em expasão, ( por motivos já descritos em matéria anterior), aguardando profissionais com a competência necessária a explora-lo e a candidatar-se ao sucesso.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

SEU NEGÓCIO VAI BEM???


Desfolhando o caderno Economia de um jornal de grande circulação no Rio de Janeiro, (O DIA, edição de 11/02/2012), deparei-me com uma reportagem cujo título era: CRESCE O MERCADO DE BELEZA.O conteúdo  estimulante da reportagem creditada a Gerencia de Beleza e Bem-Estar do Senac Rio,  dizia que segundo estimativa do SENAC o mercado para o profissional cabeleireiro teria em 2012 um crescimento na ordem de 18% em relação a 2011, (ótima notícia), dizia ainda que o número de empreendimentos individuais sairia de 48.000 em 2011 para 60.00 em 2012, e que só no Estado do Rio de Janeiro haveria a necessidade de 20.000 novos profissionais frente a demanda do setor.
Comecei a passear por sites e institutos de estatísticas e encontrando informações como o da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene e Beleza (Anabel).  Segundo a qual 12 mil novos cabeleireiros se formam a cada trimestre, e que o número de salões cresceu 78% em 5 anos, passando de 390 mil em 2005 para 550 mil em 2010.
Encontrei ainda dados de crescimento da renda de classes sociais, baixos custos de investimentos para a abertura de salões de beleza, rapidez de retorno dos investimentos e diversos outros dados e estatísticas que tornam as atividades profissionais em nossa área alvo de desejo da maioria das pessoas  deste País, o sonho de ter seu próprio negócio, de ser seu próprio patrão.
Numa rápida excursão pelas minhas lembranças fui me perguntando para onde teria ido o salão que abrira em determinado local, e outro e outros tantos que consegui me lembrar, recordei ainda de pessoas que fizeram curso de cabeleireiro e que deixaram de atuar como tal após investir muitas vezes valores significantes em cursos de formação na área. Não foi preciso muitos questionamentos para concluir o motivo de tantas desistências e até falências dos empreendimentos iniciados, e a consequente perda do dinheiro investido, a resposta é clara e contundente. Além da falta de capacidade administrativa de muitas pessoas em gerir um negócio próprio, há a FALTA DE PREPARO  profissional.
Há muitos alunos que saem dos cursos carregando um certificado ou diploma, totalmente despreparados para a realidade do mercado, tal fato é algumas vezes consequência da falta de vocação natural para a profissão, outras vezes, é principalmente,  por falta de profissionalização ou aperfeiçoamento específico.
 Assim como as Universidades despejam nas ruas anualmente formandos em direito, medicina, psicologia, administração, marketing, comunicação e diversos outros segmentos profissionais que acabam tornando-se motoristas de taxi, vendedores, eletricistas, mecânicos e outras atividades, que embora sejam dignas, não estão dentro das áreas para as quais deveriam estar atuando uma vez que investiram dinheiro e tempo em formação, também os formandos na área de beleza passam pelo mesmo problema.
As notícias de expansão do mercado leva muita gente se a aventurar no segmento sem uma análise mais profunda de si mesmo, de sua vocação, e assim como os bacharéis que procuram pós graduação, mestrado, MBA, etc. para estar melhor preparado para a competitividade do mercado, o profissional cabeleireiro deve seguir se aperfeiçoando para a disputa acirrada que encontrará. Tal qual na selva onde o mais forte sobrevive ao mais fraco, o mercado faz sua seleção natural onde aquele que oferece os melhores serviços e melhor qualidade sobrevive e progride, e a força que precisa para sobreviver está no conhecimento  e aperfeiçoamento que adquirir para o exercício da profissão ao longo de sua vida.